O Retrato de Dorian Gray: muito além de livro versus filme

Como adaptar a visão vitoriana de mundo ao nosso tédio pós-moderno?

Quem me conhece sabe que eu tenho um interesse quase psicótico pela Era Vitoriana. Eu pesquiso tudo o que posso, e se não pegasse mal andava por aí de espartilho, veludo e tafetá. Os links aí do lado já denunciam a que ponto chega esse apego. Então, sempre que surge a chance de falar sobre algo relacionado ao tema, eu deito e rolo mesmo.

Em setembro do ano passado estreou na Inglaterra a mais nova adaptação de um dos livros mais queridos de um dos autores mais icônicos do século XIX: o Retrato de Dorian Gray (The Picture of Dorian Gray), de Oscar Wilde. Dorian Gray é dirigido por Oliver Parker, que já adaptou outras duas obras de Wilde: A Importância de Ser Honesto (The Importance of Being Earnest), e Um Marido Ideal (An Ideal Husband). O elenco tem Bem Barnes (o Príncipe Caspian das Crônicas de Nárnia), Colin Firth (O Marc Darcy do Diário de Bridget Jones) e mais um monte de gente bacana e não tem previsão de estréia no Brasil… Shit.

 

O que pretendo fazer nesse texto é mostrar algumas teses minhas sobre pontos chave de conflito entre livro e filme e porque é preciso um olhar um pouco mais analítico e relativo para entender e apreciar os dois pelo que cada um é: uma obra literária testemunho de seu tempo, e uma representação trabalhada em uma percepção pós-moderna, respectivamente.

Pra sustentar meus argumentos, eu li o livro (não, jura?) e assisti não apenas à adaptação de 2009, mas também à mais antiga, de 1945. Também visitei comunidades sobre o livro e o filme pra entender as principais queixas da galerë. Pretendo me ater mais ao filme novo, e já vou avisando que meu raciocínio tem sim muito do meu gosto pessoal e da minha visão sobre essas coisas. Então, se você é um xiita que não aceita ter suas idéias confrontadas, fique à vontade pra deixar a página.

Pós modernidade…

Putz, eu prometi que não faria isso no blog… Enfim…

A primeira consideração a ser feita são os mais de 100 anos que separam a publicação do livro, em 1891, e o filminho de 2009. Aquela época é o que se pode chamar de Modernidade, com aquela aura de otimismo, realismo nas artes, razão, ciência e tecnologia que, em tese, levaria a Humanidade no caminho da paz e desenvolvimento, sem as ignorâncias e fanatismos dos séculos passados. Só que esse percurso tão nobre nos levou a duas guerras mundiais, aos regimes totalitários como o nazismo, à Guerra Fria, ao Terceiro Mundo a margem das coisas… Enfim, a galerë do passado estava cheia de sonhos e planos que não aconteceram, ou aconteceram em parte e de forma errada. E para nós sobrou esse mundo pós-moderno em um clima de tédio blasé e despropósito. A ciência não é mais tãaaaao legal assim, e na arte parece que não se cria nada de novo, apenas se mistura e se copia o que já foi hype. Só com base nisso fica claro o desafio de criar um produto (sim, filme é produto) a partir de um substrato que parece tão distante da nossa realidade, mas que, na verdade, é a semente dela.

Posto isso, agora vamos aos pontos mais conflitantes que eu consegui levantar.

Mas o Dorian é loiro de olhos azuis…

Uma das primeiras críticas que surgiram quando o filme ainda estava sendo rodado foi sobre a escolha do Ben Barnes para o papel de protagonista, pois ele não se enquadra na descrição que Oscar Wilde faz do personagem no livro: cabelos loiros, olhos azuis e boca corada, basicamente. Olha, francamente, achei essa mudança de look condizente com a empreitada do filme. Explico: a caracterização do personagem me parece pensada para ficar no limiar entre a estética que definia o ideal de beleza vitoriana e a nossa noção de homem bonito. Barnes representa isso. A descrição que Wilde faz de Dorian remete a um homem que, nos idos de 1800 seria considerado belo, pois inspiraria saúde, inocência, frescor, ou seja, uma beleza romântica, delicada. E vamos levar em conta aqui que uma aparência imaculada era hype no século XIX, pois indicava que o indivíduo podia se dedicar apenas à refinada arte de não fazer porra nenhuma. Tradução: o sujeito não pegava no pesado, não era um operário encardido, cascão, enrugado e todo estropiado de trabalhar 14 horas por dia. Beleza = Ryqueza. E a coisa meio que funciona assim até hoje, néam?

Porém, nossa noção de homem bonito é bem mais ampla e esquizofrênica. Há espaço para o sujeito andrógino, mais delicado até do que o Dorian do livro, mas nas listas de homens mais sexy, geralmente figuram nomes como Hugh Jackman, Patrick Dampsey, Gerard Butler, Clive Owen, Daniel Craig… Entendeu o padrão? Favorecemos mais a beleza masculina mais madura e rústica, sem deixar de ser chique, lógico. Bonito é o sujeito que tem a cara que parece feita a golpes de machado, barba por fazer, é grandão e passa segurança, sucesso e poder. Não é mais vergonha ter as marcas do trabalho na cara desde que isso tenha tornado você um homem fodenhouse. Um sujeito como Dorian nos nossos dias seria tipo um Bill Kaulitz, Zac Efron ou, pasmem, Robert Pattinson: perfeitos para bandas e filmes adolescentes, mas não teriam lá muito crédito na pele de um homem profundo e atormentado como Mr. Gray. Se quisessem um Dorian como o livro manda, na minha singela opinião, deveriam ter adaptado a coisa lá nos idos de 1999 e ter escalado o Brad Pitt como ele era na época de Encontro Marcado, porque depois do Sr. Brangelina Jolie-Pitt, tá pra vir outro loirão tão absoluto #prontofalei.

Com isso, quero dizer que a escolha de Ben Barnes é feliz porque ele é bonito como Dorian deve ser e como nós achamos que um homem deve ser: minimamente infantil, inocente e jovial, sem ficar delicado demais, e suficientemente masculino e sombrio sem embrutecer o personagem que tem ar aristocrático. Ao que me parece, a idéia era colocar no filme um Dorian que pudesse seduzir também as pessoas da nossa época, com aquele toquezinho gótico que nós associamos a um thriller sobrenatural. E quem viu o filme sem tanto mimimi com certeza sentiu calor e fez “Uuuh”.

Exageraram no sex, drugs and rock n’ roll…

Outra reclamação é que no livro as menções à promiscuidade do Dorian eram feitas através de insinuações leves, já no filme, a perversão e o consumo de drogas foram escancarados e explorados como os principais termômetros da corrupção do personagem.

Okay… Até certo ponto eu concordo com os xiitas defensores do livro. Realmente a degeneração do caráter do personagem é mais complexa: de um cara simples (como eu e você XD), de valores modestos, nosso homem se torna vaidoso, orgulhoso, dado a luxos materiais e ao perceber que seu retrato leva todo o impacto, Mr. Gray resolve assistir a si mesmo como um objeto de uma experiência meio mística meio científica e se lança numa busca pela experimentação, por provar todos os prazeres e sensações possíveis.

Essa mentalidade vanguardista para o tempo dele (e um tanto que de acordo com o nosso) veio da convivência perniciosa com Lord Henry e do tal livro envenenado que mostrou a Dorian uma trajetória de vida com a qual o rapaz poderia justificar sua degradação para a própria consciência. Realmente, o filme não capta o desvio sério que faz Dorian se prevalecer da degeneração do retrato em vez de se alarmar com isso. Não ficou tão clara assim uma das premissas básicas da história: sem as limitações da consciência, do bom-senso, ou seja, da sociedade agindo sobre sujeito, a tendência é ele experimentar consigo mesmo até os limites da autopreservação, e mesmo além deles.

Porém, minha ressalva novamente se baseia no fato de que era preciso demonstrar o experimentalismo e a corrupção de uma forma convincente ao público de hoje. Convenhamos, mostrar o gosto excessivo do Dorian por música, bebidas, arte, jóias, luxos em geral jamais seria entendido hoje como corrupção moral por um simples motivo: todo mundo hoje busca isso. Materialismo, consumismo e hedonismo são coisas institucionalizadas, é temdêmcya e todo mundo gosta! Mostrar isso na tela como degeneração de caráter seria um tapa na cara do público e um puta tiro no pé pra qualquer filme. Esse aspecto do livro provavelmente foi suprimido não porque a linguagem cinematográfica não comporta mas porque vai contra nossa cabecinha pós-moderna.

Sendo assim, como demonstrar que o Dorian jeca, uó e inocente se transforma num depravado podre de chique? Simples, explorando os dois ícones contemporâneos de perversão: sexo e drogas. Está claro no filme, à medida que o personagem se desprende de seus valores e cai na vida, a luxúria segue uma progressão: começa com o romance genuíno com Sibyl Vane, e extrapola com a debutante, as mulheres casadas do grupo de caridade da tia Agatha, os ménage a trois, uma dose de homossexualismo e, pra coroar, as seções sadomasoquistas. Apesar da sexualidade sempre presente como valor cultural e comercial de hoje, sexo em si ainda é um assunto muito delicado, a maioria das pessoas se sente incomodada em algum nível quanto a isso. Ou se exagera ou se reprime a abordagem do assunto. Assim fica óbvia a escolha da sexualidade para mostrar a corrupção do Dorian, um sujeito que era romântico saudável em seus desejos, e se tornou fetichista e depravado.

Com as drogas idem: cigarro, bebida, ópio, láudano, porcarias injetáveis, cheirar gatinhos, tomar Listerine, lamber vão de cerca. Aqui vem a idéia das drogas como forma de suprimir os limites do indivíduo. Lógico que há uma mudança real de caráter e visão de mundo, mas o contato com essas substâncias também anestesia os últimos mecanismos de para refrear os impulsos, assim Dorian pode se jogar de vez em sua cruzada em favor das experiências de todo tipo. É meio como a percepção que se tinha do uso de drogas nos anos 60: como meios de fazer a consciência pairar sobre as limitações da moral e dos valores repressivos que não mais cabiam no pós-guerra. E novamente temos essa nuance pós-moderna que deixa o nosso homem vitoriano muito mais próximo do público contemporâneo.

Por fim, se nenhum desses argumentos filosóficos resolve. Essa vibe sexo, drogas e valsa dá ao novo Dorian aquele ar de um tipo contemporâneo que todo mundo conhece: o superstar que se afoga e se acaba no próprio brilho. Aquele tipo de sujeito por quem a gente sente uma repulsa, um medo… Mas também uma atração violenta. E a intenção é essa. Seja o Dorian dandi do livro ou o nosso rockstar vintage do filme, ele é o homem todo errado que você odeia admitir que ama.

Lord Henry tava, tipo assim… Meio nhé…

Teve gente que achou que o charmoso e perigoso lorde Henry Wotton perdeu um pouco do veneno. Concordo, mas não acho que a culpa seja do Coling Firth e sim da nova postura do personagem no filme.

Acho que fica bem claro que, além de apresentar ao Dorian o mundo do hedonismo amoral, Lord Henry, no fundo, foi transformado em um homem de família frustrado. Ele age sim como o mentor de Mr. Gray, mas ele próprio não se abandona a esse estilo de vida; pois as amarras do senso-comum e da responsabilidade o impedem de dar aquele passo decisivo que o Dorian dá sem medo. O filme aborda a relação dos dois de maneira mais subjetiva: Henry não apenas observa Dorian como quem conduz um experimento científico pra saber no que vai dar. Ele compele o rapaz a fazer tudo que ele mesmo não pode ou não tem coragem de fazer. Ele vive através do Dorian. As falas do rapaz nas cenas finais comprovam: “Eu sou o que você me fez ser. Eu vivi a vida que você sempre pregou, mas nunca teve coragem de seguir”.  

Uma revisão à crítica da hipocrisia? Preparação para uma possível redenção do personagem? Talvez… Mas é verdade que essa covardia, por assim dizer, tirou muito do charme do personagem que preferia pessoas aos princípios e adorava pessoas sem princípios acima de qualquer outra coisa.

Mas por que transformar Lord Henry num homem quase comum? Por causa disso aqui, ó…

Emily Wotton: apelo direto à mulher de hoje

Muita gente torceu o nariz porque os roteiristas deram mais ênfase à esposa Victoria e deram uma filha para Lord Henry. Isso foi apenas uma decisão coerente de roteiro. Vamos partir do livro: lá pelo fim da história, Dorian pensa que pode ter alguma chance de reverter sua tragédia se começar a praticar o bem. Ele comenta com Henry que desistiu de seduzir alguma donzela de alguma vila no campo, e esse seria o primeiro sinal da regeneração do caráter dele. Já no filme antigo de 45, essa personagem feminina que desencadeia a catarse no personagem é mais definida: Gladys, a sobrinha de Basil Hallward, que não existe no livro.

Na adaptação de 2009 a mulher criada para fazer o Dorian degenerado reencontrar sua essência boa é a tal Emily filha de Lord Henry. Para essa personagem poder aparecer e ter aquela personalidade diferente que vai atrair e endireitar nosso Mr. Gray, Henry perdeu um pouco daquele ar perverso que a gente adora e virou pai. George Lucas já dizia que a melhor maneira de endireitar um personagem é lhe dando responsabilidade: um filho ou um Padawan.

E por que justo ela? Porque no filme há um hiato de uns 20 e poucos anos desde que o Dorian se joga no mundo após a morte do Basil e o retorno dele a Londres. Nesse meio tempo o Henry, a tia Agatha, as amantes de Dorian e ele mesmo (apesar de não parecer) envelheceram e estamos no mundo da Primeira Guerra, quando aquela passagem do moderno para o pós-moderno que eu comentei antes está em pleno andamento. A Emily é tanto uma alegoria disso quanto um ícone de identificação direta com o público feminino de hoje: ela é a mulher que fuma, fala com homens de igual pra igual, é irônica, curte fotografia, se acorrenta em trilhos para protestar pelo voto feminino e dá colo para o Dorian quando ele corre pra ela.

Ela é o oposto da Sibyl Vane, é como a gente, a mulher pós-moderna que se deixa iludir, mas não morre de amor e defende o homem que ama. E uma vez que esse Dorian foi pensado para seduzir também as mulheres de agora, nada mais coerente do que um sopro de ar contemporâneo para esse homem cheio daquela antiga maldade vitoriana. Sim, a Emily foi criada para o mesmo fim da camponesa anônima do livro e a Gladys do filme antigo, mas também para agradar às mulheres de agora.

Bom, esses são alguns dos pontos de conflito que eu identifiquei. Sei que faltou tratar de vários outros aspectos da obra, já que ela é complexa. Mas acho que me fiz entender não no sentido de simplesmente defender o filme. Eu gostei muito, claro, mas achei ainda mais interessante esse esforço de releitura, e foi isso que eu quis descrever aqui.

Quem entendeu a necessidade de reformular o aspecto narrativo com certeza sentiu que a premissa básica continuou a mesma, apenas tratada de forma mais contemporânea. As referências ao livro estão por toda parte de forma sutil: nas falas que muitas vezes trocam de personagem, mas preservam o significado, e em todo o aparato visual que reflete bem as descrições longas e detalhadas que Oscar Wilde fazia de ambientes e momentos, como era de praxe na literatura do século XIX. O filme é mais dinâmico, sim, mais extravagante, pois o cinema de hoje permite isso. Mas é claro que não substitui a leitura do livro.

Como o filme não tem previsão de estréia aqui, quem quiser baixar vai encontrar o torrent no The Pirate Bay ou o arquivo no Filme Já. O livro está disponível em português ou inglês no 4shared. Os links estão todos ao lado.

Por hoje é só, amiguinhos.

Beijos

Nick

~ por nicholle em janeiro 16, 2010.

7 Respostas to “O Retrato de Dorian Gray: muito além de livro versus filme”

  1. ola td bem meu nome é nike de sao jose dos campos euq ueria sabe como é o final do livro como que doriam morre vc poderia me ajudar?

  2. Bem, Nike…

    A morte do Dorian no livro segue a mesma linha do filme, só que com menos efeitos especiais. Ele morre para destruir o retrato. Prefiro não dar mais detalhes porque o legal mesmo é ler e descobrir como acontece. O livro é fácil de achar na internet e não é longo. Vale muito a pena.

    Espero ter ajudado. Obrigada pelo comentário!

  3. Olá!

    Faltam dois capítulos para eu terminar o livro e buscando no google algumas informações sobre a obra, acabei por tomar conhecimento do filme e caí aqui, no seu blog.

    Gostei muito do que você escreveu e espero ter oportunidade de ver o filme (moro no interior – não tem cinema).

    Gostaria de sua opinião: Muito falam de referências homossexuais no livro. As relações homossexuais estariam apenas no amor platônico de Basil ou também no sentimento e interesse que Henry nutria por Dorian? O filme retrata isso?

    • Olha, Alfeu… É como eu disse no texto: há um espaço de mais de 100 anos entre o livro e o filme, então é preciso ver cada um de uma forma. Homossexualidade é um tabu na nossa época e era ainda mais complicado nos idos do século dezenove. Vale lembrar que o próprio Oscar Wilde era gay e sofreu muito por isso naqueles anos.

      No livro, as menções à homossexualidade são mais veladas mesmo, correspondem ao amor platônico do Basil, mas na sociedade vitoriana moralista esse fator na história foi bem polêmico. Para o público de agora seria algo leve. Quanto ao interesse do Henry pelo Dorian é possível pensar em uma certa atração, mas acho que no livro é mais claro o interesse do Sr. Wotton pelo rapaz como uma espécie de experiência social e científica.

      Já no filme, todos esses elementos são retratados com muito mais intensidade, para causar no público de agora o que o livro causou na sociedade da época. A questão da homossexualidade fica bem mais explícita no filme, é uma das muitas manifestações da libido do Dorian, que dá vazão a todas as formas do desejo. E mesmo a relação com o Basil não é tão platônica aqui. No caso do Henry, no filme ele trata o Dorian como um mentor trata um pupilo, creio eu… O Dorian é a juventude perdida do Henry, ele leva a vida que o Henry queria, mas não teve coragem de seguir.

      De qualqur forma, minha pequena sugestão é de que você termine o livro e veja o filme. Ele não tem previsão de estrear por aqui, mas é fácil de achar na internet. Depois vai ser muito bacana fazer essas comparações.

      Obrigada pela visita e pelo comentário!

  4. Muito bom! Você conseguiu captar a essência do filme/livro relacionando-a com as justificativas aceitáveis da sociedade atual. Demonstrando que o filme não se trata apenas de uma adaptação da obra original mas sim de uma forma de tratar da vida de Dorian de uma maneira a ilustrar ao espectador com características de nossa pós-modernidade. Gostei muito mesmo

  5. Oi, G.A

    Sim, é bem isso. Aqui no Brasil, esse filme ganhou um ar cult, mas lá fora ele teve grande circulação, foi pensado para o grande público. Sendo assim, era necessário esse esforço de modernizar a história e o personagem – Bem como foi feito com Sherlock Holmes, por exemplo. Não acho que essa releitura seja demérito do filme. Como eu disse no post, achei esse esforço de repaginar o clássico muito bacana, e o livro esá aí para quem quiser conhecer o personagem, a história e a mentalidade originais da época de Oscar Wilde.

    Fico feliz que tenha gostado do post. Obrigada pelo comentario!

  6. Eu não li o livro ,mas achei o filme muito bom. E acho que a escolha de Ben Barnes para o papel não poderia ter sido melhor.

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